Boletim informativo 03/23
As instituições de Educação Infantil apresentam um cenário peculiar relacionado a escolarização, poque envolvem os direitos de aprendizagem e desenvolvimento humano através do conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (BNCC, 2018).
Além de assegurar os direitos de seus pupilos, as instituições têm o DEVER DE GUARDA E SEGURANÇA. Portanto, são responsáveis por preservar a integridade física das crianças e mantê-las a salvo de qualquer tratamento desumano.
Entretanto, por vezes é comum que no dia a dia da educação infantil situações venham a dificultar o exercício desse dever de guarda e segurança delegado a instituição de ensino. Essas ameaças vêm nas mais variadas formas, desde pais e responsáveis que não se comprometem com a educação dos filhos ou que não respeitam as normas e regras estabelecidas pela escola, assim como as próprias crianças que, por sua vez cometem os mais diversos atos de indisciplinas, especialmente quando apresentam dificuldades comportamentais e em respeitar os limites impostos, o que pode culminar em danos ao patrimônio da escola ou mesmo físico ao corpo docente e discente.
Recentemente um novo temor tem acometido gestores, pais e estudantes. Trata-se da exposição das crianças à violência perpetrada por terceiros que colocam em risco a integridade de toda a comunidade escolar.
Esse tem sido o cenário enfrentado por muitas escolas de educação infantil e que, em razão disso, as instituições e os seus gestores estão expostos a diversos riscos que podem comprometer a gestão do estabelecimento escolar, sua imagem e até mesmo a continuidade das atividades. Riscos que extrapolam a esfera educacional, podendo, inclusive, serem acionados para responder na esfera judicial devido a falhas na prestação de serviços.
Por isso, a fim de mitigar o grau de exposição da instituições e de seus responsáveis, é necessário um profundo exercício de análise que seja capaz de verificar se a instituição escolar está exposta a riscos como:
Falha Humana e profissional
Jurídico
Infraestrutura
Pedagógico
Financeiro
Documental
Imagem/reputação
Contudo, a identificação não é uma solução em si. De conhecimento dos riscos que a instituição se encontra exposta, faz-se necessário que esta adote meios capazes de sanar ou mitigar os tipos de riscos existentes, para que só assim seja capaz de desempenhar suas funções como pilar da sociedade garantindo a própria segurança e a de seus estudantes, pelos quais é responsável.
A ausência de medidas e condutas a fim de mitigar os riscos pode influenciar na esfera financeira da escola de maneira ainda mais profunda do que proceder as adequações necessárias, assim como no bem-estar da comunidade escolar, sendo capaz de impactar a aprendizagem e desenvolvimento das crianças.
Desta forma, sublinha-se que é essencial, tanto para a escola quanto para a comunidade escolar, que esta seja capaz de mitigar os riscos envolvendo sua atividade e garantindo o ambiente adequado para o desenvolvimento das crianças.
Conheça mais sobre nossa consultoria em gestão de risco de instituições de ensino, ou se desejar expandir seu conhecimento na área, adquira o livro publicado pelo Dr. Vilmar Urbaneski, Responsabilidade dos pais, professores, alunos e escola: teorias, legislação e decisões judiciais